sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ARACRUZ Guaíba pode ser vendida por 1,5 bilhão pela Fibria

A Aracruz recebeu uma proposta de interesse pela aquisição da unidade da empresa em Guaíba (RS). Recentemente, a Aracruz foi incorporada pela Votorantim Celulose e Papel (VCP) para formar a Fibria, maior fabricante de celulose branqueada de eucalipto do mundo. As manifestações de interesse serão analisadas pela equipe administrativa da Aracruz, levando em consideração a conveniência e a oportunidade de negociar da melhor maneira possível a unidade. O negócio pode chegar a US$ 1,5 bilhão. As propostas foram recebidas pelos controladores do grupo Votorantim. A oferta teria partido de investidores chilenos do setor de papel e celulose. Fabricantes asiáticos também teriam interesse na compra da fábrica. A Suzano Papel e Celulose descartou seu interesse.

A Fibria confirmou o recebimento de "manifestações de interesse" pela aquisição da unidade. A companhia acrescentou que avalia a "conveniência e a oportunidade de entabular negociações com vistas a uma possível alienação" da fábrica.
A intenção inicial dos acionistas da Fibria não era vender a unidade. Embora a empresa tenha nascido com uma pesada dívida, o passivo foi renegociado em janeiro com um grupo de bancos credores por nove anos. Mas a oferta recebida pelo ativo foi "alta e atraente" o suficiente para que se estudasse a proposta.

A unidade de Guaíba tem capacidade nominal de 450 mil toneladas anuais de celulose e parte desse volume é destinado à produção de 60 mil toneladas anuais de papéia para imprimir e escrever. A fábrica de Guaíba, que pertencia à Aracruz desde 2003, estava sendo ampliada desde a metade do ano passado quando a crise de um atrás fez o dólar disparar, e a fabricante de celulose foi pega em cheio em operações alavancadas com derivativos. O plano de investimento era elevar a capacidade de produção das atuais 450 mil toneladas de celulose para 1,8 milhão de toneladas por ano.

A dívida da Fibria era de R$ 13,4 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em junho diante de uma geração de caixa em torno de R$ 1,8 bilhão.

Fonte: Com informações do Valor Econômico - Adaptado por Celulose Online