sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ATCP-RS é presença na ABTCP 2009

Os membros da associação Gisele Silva, Ricardo Silva e Manoel Aquino aluno de segundo ano do Técnico em Celulose e Papel do IEE Gomes Jardim, estiveram presentes no 42° Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel. O evento aconteceu de 26 a 29 de outubro no Transamérica Expo Center em São Paulo com a organização da ABTCP (Associação Brasileira de Celulose e Papel).
Além da oportunidade de conhecerem as novidades tecnológicas do ramo, conversaram com representantes importantes da Exposição, como representantes da Metso, Demuth, Voith, Contech, ATB Revestimento de Cilindros, Borges e Katayama, Cadam PPSA, SENAI SP, Veolia Water, Iguaçu Celulose Papel S.A, Samaritá produtos químicos, CBTI, SENAI de Telêmaco Borba (PR), SKF, TGM Turbinas, Tubexpress, PSN, Poleoduto, representantes da ABNT NORMAS TÉCNICAS entre outros.
O momento marcante para os representantes da associação foi à reunião com a Patrícia Capo, Coordenadora de Comunicação da ABTCP e Editora responsável das publicações. Nesse encontro foi possível falar sobre a atuação da ATCP-RS e seus projetos futuros.
Para 2010 é possível que aconteça uma parceria da Associação Brasileira de Celulose e Papel com a Associação dos Técnicos do Rio Grande do Sul, mais informações serão publicadas nas próximas matérias do blog.
Patrícia Capo esteve presente em Guaíba, na Primeira Feira Florestal da 13ª Expofeira Centro-Sul em novembro de 2008 onde ministrou uma palestra.
Veja abaixo algumas fotos do evento:

Stand da Metso

A gigante Voith

Manoel representante da turma de 2º ano do Técnico em Celulose e Papel no Stand da Poleoduto


Fonte: ATCP-RS

Congresso e Exposição de Celulose e Papel

Fotos do Evento:
Maquete do Pátio de Madeira

Mini máquina de Papel

Manoel Aquino e Gisele Silva ao lado da Mini máquina de Papel



Stand da CONTECH
Hall de entrada do Congresso e Exposição


Fonte: Arquivos ATCP-RS

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel 2009 em São Paulo

De 26 a 29 de outubro aconteceu a 42ª edição do Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel no centro de eventos Transamérica Expo Center em São Paulo.

O evento representou a oportunidade de lançamento de tendências tecnológicas e descobertas científicas ao mercado internacional e permitiu o intercambio entre mais de 600 especialistas e técnicos de renome internacional.

No congresso foram apresentadas sessões técnicas que consistiram em apresentações orais com temas: automação e controle de processo e celulose incluindo: madeira, polpação e branqueamento, engenharia e manutenção, meio ambiente, papel incluindo, revestimento e acabamento, papelão ondulado e tissue, recuperação e utilidades.Também foram apresentados eventos paralelos ao Congresso como mesas-redondas, cursos, encontros de estudantes, workshops de expositores, seminários entre outros.

A feira internacional é promovida pela Associação Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) em conjunto com sua congênere da Finlândia, PI – Paper Engineer´s Association. É um dos maiores eventos do setor da América Latina e promete atrair aproximadamente 12 mil visitantes até o fechamento que se dá na próxima quinta-feira (29).

Fonte: Celulose Online, adaptado por ATCP-RS (fotos esclusivas da ATCP-RS)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Os Incentivos Fiscais

Até 1965 a silvicultura nacional viveu sua fase inicial. Nesse ano, as estimativas indicavam 400 mil hectares plantados com eucaliptos. A partir de 1966, o governo federal estabelece um forte programa de incentivos fiscais ao reflorestamento, permitindo uma rápida expansão na atividade.
Em 20 anos, 3,23 milhões de hectares foram plantados nas regiões sul e sudeste, conformando o setor florestal em grandes empresas, interessadas na madeira principalmente como matéria-prima para a fabricação de papel, a partir da extração da celulose. Surgiu também a indústria de aglomerados, compensados e chapas de madeira, produtos utilizados na indústria moveleira.
A política de incentivos fiscais, encerrada em 1986/87, representou a fase de ouro dos plantios florestais. A silvicultura se diferenciou da agronomia, surgindo faculdades próprias do saber florestal, potencializando o conhecimento científico e a pesquisa tecnológica.
Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

sábado, 10 de outubro de 2009

Florestas Plantadas de Eucalipto e Pinus: A SOLUÇÃO VERDE

Histórico
Há mais de século eram plantadas no Brasil as primeiras mudas de eucalipto, árvore originária da Austrália. Desde então se originou uma história de sucesso: nascia a silvicultura brasileira. O pioneirismo coube a Navarro de Andrade, técnico da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, que em 1903 trouxe mudas da nova espécie para plantio em Rio Claro, SP. Seu objetivo era encontrar uma solução para a produção de dormentes e de madeira exigidos pela ferrovia.
Naquela época, apenas as terras roxas, cobertas por florestas, eram desbravadas para uso agrícola. As áreas de vegetação menos abundantes, cerrados com solos arenosos e fracos na fertilidade natural, restavam marginais. Foi a sorte do eucalipto. Mesmo plantadas em solos considerados pobres, suas árvores manifestaram um vigor de crescimento surpreendente, superando seus ancestrais australianos.
Assim, vários hortos florestais foram implantados no estado. As frondosas florestas de eucalipto faziam sua fama ao substituir as árvores raquíticas do cerrado paulista.
Com as espécies de pinheiro (pinus elliottii e pinus tedae) ocorreu semelhante história. Trazidas dos EUA em 1947, logo se manifestaram com excepcional performance, adaptando-se especialmente nas regiões mais frias do país, a exemplo do Paraná e de Santa Catarina.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Certificação Florestal

A indústria brasileira de celulose e papel possui a maior área de florestas certificadas entre os setores de base florestal do país, de acordo com os critérios de certificação florestal existentes e reconhecidos pelo setor, o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programme for the Endorsement of Forest Certificatiom (PEFC), ao qual o Sistema Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) é afiliado.
Até 2005, foram certificadas pelos dois sistemas cerca de 2,9 milhões de hectares de florestas, nelas incluídas as florestas plantadas, as áreas de reserva legal e de preservação permanente, manejadas pelo setor de celulose e papel.
Tais certificações asseguram a utilização de critérios de sustentabilidade na gestão de áreas florestais, de modo a propiciar práticas que sejam ecologicamente adequadas, economicamente sustentáveis e socialmente justas.
Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

Fomento Florestal

Iniciativa da indústria brasileira de celulose e papel, o fomento florestal vem ganhando espaço e importância em empreendimentos do setor. Por meio dessa iniciativa, as empresas oferecem a pequenos e médios produtores rurais a oportunidade de plantar florestas em conjunto com suas outras atividades. A parceria com esses produtores constitui um importante mecanismo para o desenvolvimento dos negócios do setor, com a expansão da áreas de florestas plantadas, além de contribuir com o processo de distribuição de renda e fixação do homem ao campo.
As ações de fomento, realizadas em diversos pontos do país em parceria com as empresas do setor de celulose e papel, caracterizam-se por sua adequação agronômica e ambiental. O que inclui a transferência de conhecimento e acesso a novas tecnologias para que a produção se dê com o máximo aproveitamento de recursos, mínimo desperdício e respeito ambiental.
Em 2006, o Ministério do Meio Ambiente registrou plantios da ordem de 627 mil ha incluindo plantios novos e reformas na área de florestas plantadas no país. Estima-se que desse total, 157 mil hectares foram realizados em pequenas e médias propriedades, com o apoio de fomento florestal, gerando renda adicional para os agricultores.
Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

Florestas Plantadas

As florestas plantadas são uma importante fonte renovável de recursos naturais que, entre inúmeras vantagens, ajudam a preservar nossas florestas nativas. No Brasil, além do setor de celulose e papel outros segmentos se utilizam de florestas plantadas de eucalipto e pínus, numa área total estimada em 5,4 milhões de hectares, que representa 0,5% do território nacional. O setor de celulose e papel responde por 33% deste total, representando uma importante contribuição para a economia do país, na geração de empregos, impostos e superávit na balança comercial brasileira.
As duas principais espécies utilizadas como matéria-prima pela indústria brasileira de celulose e papel são o eucalipto e o pínus, ocupando, respectivamente, 78% e 25% da área florestada. O cultivo do eucalipto no Brasil para fins industriais teve início na primeira década do século 20, enquanto a introdução das espécies de pinus para o suprimento de setores produtivos ocorreu no final dos anos 1950. A introdução dessas espécies de acordo com áreas adequadas para o plantio, além de fatores ambientais favoráveis à silvicultura no país, foi essencial para o suprimento confiável de matéria-prima e para o desenvolvimento da indústria brasileira de celulose e papel.
Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

domingo, 4 de outubro de 2009

Reflorestamento - 2005 / 2006

No Brasil, as florestas plantadas são a principal matéria-prima para a produção de celulose e papel. Manejadas dentro das mais avançadas técnicas da silvicultura, as plantações de pínus e eucalipto para fins industriais só ocupam áreas anteriormente degradadas pela agricultura e pecuária intensiva. Entre as empresas associadas à Bracelpa, 23 mantêm operações florestais 390 municípios distribuídos em 12 estados brasileiros.
A base florestal do setor é de 1,7 milhão de hectares com plantio de pínus e eucalipto. As empresas do setor mantêm, recuperam e preservam outros 2,7 milhões de hectares de áreas naturais que abrangem a totalidade das áreas de preservação permanente e de reserva legal, em percentuais muito superiores ao mínimo exigido pela legislação ambiental brasileira.
A exclusiva utilização de florestas plantadas pela indústria de celulose e papel diminui a pressão sobre as florestas nativas, bem como fornece a proteção de recursos hídricos por matas ciliares. Além disso, contribui para a preservação da biodiversidade com a adoção de técnicas de plantios consorciados com matas nativas (corredores ecológicos).
Décadas de pesquisa e desenvolvimento de técnicas silviculturais e de manejo florestal, principalmente na área de biotecnologia, elevaram a produtividade das espécies utilizadas. No caso do eucalipto, a produtividade média atinge 40 metros cúbicos com casca por hectare/ano; nas plantações de pínus, ela é de 30 metros cúbicos com casca por hectare/ano.
Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

sábado, 3 de outubro de 2009

Reflorestamento - Histórico

"No Brasil, a história dos materiais celulósicos para papel começa em 1790, quando o botânico português Frei José Mariano da Conceição Velloso, publica no Rio de Janeiro a sua "Flora Fluminensis", indicando espécies capazes de uso na produção de papel. Em 1809, Frei Velloso, oficiando ao Ministério Real, anexa uma amostra de papel feito de embira e anuncia planos para a fabricação futura de papel alvejado. Esse ofício e a amostra do papel de embira podem ser vistos no Museu Imperial de Petrópolis, no Arquivo do Castel D`eu, com os dizeres: "O primeiro papel que se fez no Brasil em 16 de novembro de 1809.
Outras referências ao uso de materiais celulósicos para fabricação de papel, no século XIX, indicam a utilização (bem sucedida), na Bahia e no Rio de Janeiro, de troncos de bananeira, pita e gravatá.
A produção industrial de celulose, no Brasil, a partir do pinheiro, inicia-se no Paraná, em Monte Alegre, no início dos anos 40, pelos processos Sulfito e Soda/Enxofre, instalando-se a primeira fábrica pelo processo Kraft na década de 50. A produção em grande escala de celulose de Eucalipo, pelo processo Kraft, foi iniciada no Estado de São Paulo, em 1957, estabelecendo-se o caminho para a grande etapa de industrialização da celulose que, em menos de um quarto de século, levou o Brasil a posição de 6º. produtor do mundo."

Fonte: O texto acima foi extraído da apostila Histórico da Celulose de Benjamin Solitrenick e, juntamente com outros textos sobre o assunto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Matérias-primas Fibrosas Virgens

PASTA QUÍMICA (CELULOSE)
É o material que, após cozimento, atinge pelo menos o grau ROE 10, equivalente ao número de Permanganato (TAPPI) 50, com um conteúdo máximo de lignina ao redor de 10%. Se os valores, após o cozimento, indicarem pasta mais dura, classificar o produto como pasta semiquímica ou a que corresponder.

PASTA SEMIQUÍMICA
É a pasta cuja remoção de lignina foi apenas parcial, atingindo grau ROE de 10 a 28, equivalente ao número de Permanganato (TAPPI) de 50 a 140. Geralmente, depois do cozimento, segue-se um desfibramento mecânico. Se os valores, após o cozimento, indicarem pasta mais dura, classificá-la como pasta mecanoquímica.

PASTAS DE ALTO RENDIMENTO

· PASTA MECÂNICA
É a pasta de materiais ligno-celulósicos obtida por processo puramente mecânico.
· PASTA MECANOQUÍMICA
É a pasta de materiais ligno-celulósicos, obtida por processo de desfibramento, sofrendo um tratamento químico posterior ao desfibramento, atingindo grau ROE 28 ou maior, equivalente ao número de Permanganato (TAPPI) de 140 ou maior.
· PASTA QUIMIMECÂNICA (CMP)
É a pasta de materiais ligno-celulósicos prévia e levemente tratados com reagentes químicos, obtida por desfibramento a pressão atmosférica.
· PASTA TERMOMECÂNICA (TMP)
É a pasta obtida por desfibramento em desfibrador a disco, sob pressão, de materiais ligno-celulósicos previamente aquecidos com vapor saturado.
· PASTA QUIMITERMOMECÂNICA (CTMP)
É a pasta obtida por desfibramento em desfibrador a disco, sob pressão, de materiais ligno-celulósicos prévia e levemente tratados com reagentes químicos.

BRANQUEAMENTO
É considerada branqueada a pasta cujo grau de alvura é igual ou maior do que 80º GE e semi-branqueada quando seu grau de alvura situar-se entre 59 a 79º GE.

CELULOSE PARA DISSOLUÇÃO
Estas pastas podem ser ao sulfito ou ao sulfato branqueadas, intensamente refinados com um alto teor de fibras puras de alfa-celulose. O seu uso final normal é a produção de rayon, celofane, acetato, explosivos, etc.

Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

História do Papel no Brasil


A primeira presença do papel no Brasil, sem dúvida, é a carta de Pero Vaz de Caminha, escrita logo do descobrimento de nosso país.
Mas a primeira referência à produção nacional consta em um documento escrito em 1809 por Frei José Mariano da Conceição Velozo ao Ministro do Príncipe Regente D. João, Conde de Linhares: "... lhe remeto uma amostra do papel, bem que não alvejado, feito em primeira experiência, da nossa embira. A segunda que já está em obra se dará alvo, e em conclusão pode V.Exa. contar com esta fábrica...". Este documento cujo trecho extraímos do livro: O Papel - Problemas de Conservação e Restauração de Edson Motta e Maria L.G. Salgado, encontra-se no Museu Imperial.
Na amostra encaminhada com o documento constava: "O primeiro papel, que se fez no Rio de Janeiro, em 16 de novembro de 1809".
É também em 1809 que tem início a construção de uma fábrica no Rio de Janeiro cuja produção, provavelmente iniciou-se entre 1810 e 1811. Ainda no Rio de Janeiro temos notícias de mais três fábricas em 1837, 1841 e, em 1852, nas proximidades de Petrópolis, foi construída pelo Barão de Capanema a Fábrica de Orianda que produziu papel de ótima qualidade para os padrões da época até a decretação de sua falência em 1874.
Ainda em 1850, o desenvolvimento da cultura do café, traz grande progresso para a então Província de São Paulo e, com a chegada dos imigrantes europeus, passa a vivenciar um grande desenvolvimento industrial gerador de vários empreendimentos.
Um deles, idealizado pelo Barão de Piracicaba, na região de Itu, pretendia criar condições para a instalação de indústrias aproveitando a energia hidráulica possível na região em função da existência da cachoeira no rio Tietê e, é neste local que, em 1889 a empresa Melchert & Cia deu início à construção da Fábrica de Papel de Salto que funciona até hoje, devidamente modernizada, produzindo papéis especiais, sendo uma das poucas fábricas do mundo fabricante de papéis para a produção de dinheiro.

Fonte: Bracelpa, adaptado por ATCP-RS